28 de maio de 2006

RESENHA: A Distorção contra a Fome

Foi um showzaço. Não tem muita coisa a mais pra se falar sobre o "Distorção...", com certeza. Era acima de tudo uma experiência da organização: um show com 6 bandas, todas locais, e começando às 19h.

Com um atraso de uma hora esperando o público chegar, o show começa às 20h, com o show da banda Aneurisma. Não posso dizer com certeza se foi o primeiro show dos caras, mas não parecia. Mostraram intimidade com as músicas que tocaram, boa parte covers do Nirvana. Mesmo sendo bem jovens (eu daria uma média de 16 anos), a banda mostrou muita competência, principalmente por conta do vocalista.

Na seqüência sobe a também estreante 911. Com um pequeno atraso em se organizar em cima do palco, a banda se redime com o público tocando um bom punk rock/emo. Acertam mais nas canções próprias (bem calcadas nas influências de Fresno e Iupi) do que nos covers, alguns inclusive exigiram troca de instrumento entre os integrantes da banda, o que acabou mostrando alguns momentos em que se notava falta de intimidade com os intrumentos invertidos.

Com a casa cheia, sobe ao palco então a Eruption, primeira (e única) banda de heavy metal de Sobral. Não era novidade pra ninguém a suma experiência dos músicos da banda, que mostrou a que veio. Com execuções maduras de covers de Angra, Dream Theater e Iron Maiden, a banda deixou o público em êxtase. Ficou devendo apenas músicas autorais, que esperamos que sejam criadas até uma próxima apresentação.

Descem dois integrantes da Eruption, sobe um novo baixista/vocalista (Gordo "Ímpio") e temos a Devasttus. Mesmo com a canseira da apresentação anterior, a banda se mostra mais rápida e pesada do que nunca. Grind/death de primeira, numa apresentação curta com boas composições próprias e um ótimo cover do Morbid Angel.

O palco agora era da Dead Inside. A forte influência de Deftones fica latente na exibiçao banda, que derramou as últimas gotas de suor dos sedentos por barulho. Destaque para a presença de palco do cabeludo vocalista Tancredo.

Chega o momento dançante do show, com a experiente Blusenroll. Bom rock'n'roll, com execução de covers de Raul Seixas, The Doors, Beatles e mais uma pá. A banda, que optou por trabalhar apenas com covers, não conseguia sair de cima do palco, de tantos "mais um". Boa participação do baterista da Dona Lili, Crápula, tocando Black Sabbath, ao fim do show.

Às 00h40, chegava o fim do show, vitorioso em todos os sentidos, onde a felicidade só não foi completa pela falta da banda deste que vos escreve (Sobre o Fim), em um show que com certeza já está na história dos grandes show da famigerada "NóisMermo", depois de um jejum de dois anos.

Obrigado a todos.

Resenha por Zé Wellington
As fotos do show você encontra em: