24 de outubro de 2006

RESENHA: Na Rota do Rock

Apesar de alguns transtornos gerados por órgãos públicos que insistiam em paralisar o evento, o mesmo seguiu normal e tranqüilo. De início (precisamente 19:55), sobe ao palco a Radcult, pop rock vigoroso, por sinal. Sons próprios como “CORP SK8”, “Ameno” e “Gentilmente” somaram-se a covers bem escolhidos: “Song 2” (Blur) (aquela do UHÚ!), “The kids aren’t alright” (Offspring) e “This love” (Bob Marley), esta última numa versão distorcidamente do caralho! A banda mostrou entrosamento, principalmente por parte das meninas, baterista e guitarrista respectivamente.

Na seqüência, Hipnose, outra novata na cena, que já chegou aquecendo a galera com “Basket case” (Green Day), além de músicas próprias “A primeira regra do jogo”, “Perdido na escuridão” e mais outra pá de covers! Massa!

Death metal bem executado foi o que veio com a Devasttus, cada dia mais afiada, apresentando nesta noite o seu novo baixista, Rômulo, que se mostrou bastante entrosado com o resto da banda. Além de músicas como “A perversa alma humana” e “Angústia”, verdadeiros hinos do metal extremo cearense, ainda fomos presenteados com o clássico “Day of sulferring”, do imortal Morbid Angel! DUCA!

Vou-lhes confessar uma coisa, seguramente, esta foi e está sendo a melhor banda formada pelo nosso colaborador Zé Wellington... Com vocês, Sobre o Fim! Metalcore melódico de primeira grandeza. “3 segundos”, “Vai ficar pra história” e “Sobre o fim” fizeram a galera se quebrar literalmente! Nos clássicos “Through struggle” (As I Lay Dying), “Rose of Sharyn” (Killswitch Engage) e “Milligram smile” (From Autumn to Ashes), imaginei que iria rolar um banho de sangue, devido à “violência organizada”, claro, por parte da galera. Realmente lindo!

Heil, headbangers! Chegava a Eruption! De cara, “Pull me under” (Dreamtheater), preparando a galera pras próximas porradas heavy! Metallica (“Enter Sandman”), Dr. Sin (“Futebol, mulher e Rock and roll”), etc, e fechando a apresentação com dois clássicos do insuperável Iron Maiden (“Fear of the dark” e “The wicker man”). Do caralho, faltando somente composições próprias.

Ao imaginar que os presentes já estavam baqueados, quebrei a cara, pois com a subida ao palco da veterana Just Noise, a pancadaria voltava com tudo! Meu nêgo, a banda tá transbordando HC power violence em estado bruto! Músicas como “Vendo você sangrar”, “Crianças negras”, “Antropofagia” e “Conformação” ficaram maravilhosas e mais pesadas ainda ao vivo. Nem a pausa que foi dada para a troca de guitarra (que teve uma corda quebrada), tirou o brilho da apresentação. Sem esquecer de alguns covers como “Peste católica” (Sickterror), “McCâncer feliz” (Mukeka di Rato) e “Pela ciência” (Discarga) que ficaram excelentes.

Falando em covers, era chegada a vez da Blusenroll. “Roadhouse blues” (The Doors), “Cocaíne” (Eric Clapton), “Se o rádio não toca” (Raul Seixas), “Smoke on the water” (Deep Purple), ufa… cansei! E muitos outros hinos do Rock and Roll mundial, que fizeram a moçada dançar. Encerrando a noite, uma canja que marcaria a volta da Soma Cálida, rock lisérgico no talo, na execução de “Voodoo child” (Jimmy Hendrix), que ficou maravilhosa e serviu para mostrar aos presentes os novos integrantes da banda.
Resenha por Quintino Neto